Visto que já foi referido tantas vezes em outras publicações que o modo de compressão de música em formato Mp3 leva a retirar da faixa, todos os sons que normalmente ouvido humano não consegue perceber, existindo uma “perda”.
Então em vez do tema proposto
inicialmente no plano que foi apresentado, irei falar deste mesmo assunto.
Enquanto estamos a ouvir música
enquanto pesquisamos algo na Internet ou fazemos algum trabalho não temos a
noção que a canção esteja a ser reproduzida a partir de um arquivo que passou
por diversas compressões – isso vale para a grande maioria dos formatos
disponíveis.
Não podemos dizer que isso
acontece em todos, porque existem algumas compressões que são chamadas de
“Lossless” (“Sem perdas”, em português) — é o caso de formatos como FLAC, ALAC, MPEG-4 ALS e
outros.
Mas, quando falamos de MP3, a
perda existe sim. Eis que surge uma questão muito importante e que nem todos
sabem responder: o que se perde
nessas compressões de arquivos?
A necessidade da compressão
Se durante décadas o
armazenamento para as vendas acontecia de maneira física —discos de vinil que
operavam com ranhuras interpretadas pelos cristais das agulhas —, quando os CD's surgiram, isso mudou para formatos digitais. Logo, a tecnologia teve que
trabalhar arduamente para conseguir criar formas de comprimir os arquivos de um
modo que as perdas fossem sempre minimizadas.
Isso não foi tão difícil, afinal
de contas existem quase 100 MB para cada música gravada em um CD comum. O
grande desafio surgiu quando os sistemas de compartilha de arquivos pela
Internet começaram a ser popularizados. Foi nesse período que os arquivos de
áudio tiveram que ser reduzidos ao máximo para que a transmissão deles fosse
uma solução viável em todo o mundo.
A ascensão do MP3
No final da década de 1990,
alguns serviços de compartilha de arquivos começaram a se destacar. Mas é
claro que, em 1999, enviar um arquivo de 100 MB para outra pessoa seria uma má
decisão — tanto pela demora quanto pela instabilidade das redes à época.
Foi nesse
contexto que os arquivos MP3 passaram a ser tão importantes. Extraídos de
discos sem compressão — ou sem tanta compressão —, passaram a ser convertidos
para um formato que garante até 90% de redução nos arquivos. O MP3 já havia
sido desenvolvido em 1995, mas nesse momento tornou-se uma necessidade para que
todas as pessoas pudessem compartilhar os seus arquivos.
O Mp3 reduz uma
música com cerca de 4 minutos para apenas 3 MB, não demorou para que se
tornasse o formato mais utilizado em todo o mundo.
Um formato “quase sem perdas”
O MP3 não é um formato sem
perdas, mas fica bem próximo disso — principalmente quando nos referimos
referindo às compressões com maior taxa de bits, o que pode chegar aos 320 Kbps
nos CDs comuns. O que acontece é que são retirados os sons das extremidades
inaudíveis presentes no espectro de cada música — ou seja, o que fica abaixo
dos 20 Hz e acima dos 20.000 Hz.
Também existe a compressão para
fazer com que alguns sons mascarados na sobreposição sejam excluídos. E essa
redução no espectro é capaz de fazer com que os arquivos fiquem menores,
teoricamente só se perde os sons que não seriam ouvidos pela nossa capacidade
auditiva... Mas como será que esses sons são?
Para responder a essa
questão, um pesquisador chamado Ryan Maguire criou um projeto chamado “O
Fantasma no Mp3”. Para ilustrar tudo o que estudou, ele criou algumas linhas de
áudio com todos os sons que não são ouvidos na música “Tom’s Diner”, de Suzanne
Vega — que também foi a canção escolhida para as padronizações da compressão
MP3 durante a década de 1990.
No vídeo é possível ouvir uma
compilação dos sons que ficam perdidos nas compressões. No site de Ryan Maguire estão alguns trechos,
analisados passo a passo como os que postamos logo abaixo.
É preciso dizer que, em alguns
casos, tudo o que podemos perceber dessas extrações são
alguns ruídos.
Podemos perguntar:
Estas compressões de arquivos
influenciam diretamente na qualidade das músicas que escutamos?
Será que alguma canção favorita
possui muitas nuances que nunca escutamos? É bem provável que sim…
Beatriz
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