sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

As "perdas" no Mp3



Visto que já foi referido tantas vezes em outras publicações que o modo de compressão de música em formato Mp3 leva a retirar da faixa, todos os sons que normalmente ouvido humano não consegue perceber, existindo uma “perda”.
Então em vez do tema proposto inicialmente no plano que foi apresentado, irei falar deste mesmo assunto.
Enquanto estamos a ouvir música enquanto pesquisamos algo na Internet ou fazemos algum trabalho não temos a noção que a canção esteja a ser reproduzida a partir de um arquivo que passou por diversas compressões – isso vale para a grande maioria dos formatos disponíveis.
Não podemos dizer que isso acontece em todos, porque existem algumas compressões que são chamadas de “Lossless” (“Sem perdas”, em português) — é o caso de formatos como FLAC, ALAC, MPEG-4 ALS e outros.
Mas, quando falamos de MP3, a perda existe sim. Eis que surge uma questão muito importante e que nem todos sabem responder: o que se perde nessas compressões de arquivos?


A necessidade da compressão 

Se durante décadas o armazenamento para as vendas acontecia de maneira física —discos de vinil que operavam com ranhuras interpretadas pelos cristais das agulhas —, quando os CD's surgiram, isso mudou para formatos digitais. Logo, a tecnologia teve que trabalhar arduamente para conseguir criar formas de comprimir os arquivos de um modo que as perdas fossem sempre minimizadas.
Isso não foi tão difícil, afinal de contas existem quase 100 MB para cada música gravada em um CD comum. O grande desafio surgiu quando os sistemas de compartilha de arquivos pela Internet começaram a ser popularizados. Foi nesse período que os arquivos de áudio tiveram que ser reduzidos ao máximo para que a transmissão deles fosse uma solução viável em todo o mundo.


A ascensão do MP3

No final da década de 1990, alguns serviços de compartilha de arquivos começaram a se destacar. Mas é claro que, em 1999, enviar um arquivo de 100 MB para outra pessoa seria uma má decisão — tanto pela demora quanto pela instabilidade das redes à época.

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Foi nesse contexto que os arquivos MP3 passaram a ser tão importantes. Extraídos de discos sem compressão — ou sem tanta compressão —, passaram a ser convertidos para um formato que garante até 90% de redução nos arquivos. O MP3 já havia sido desenvolvido em 1995, mas nesse momento tornou-se uma necessidade para que todas as pessoas pudessem compartilhar os seus arquivos.
O Mp3 reduz uma música com cerca de 4 minutos para apenas 3 MB, não demorou para que se tornasse o formato mais utilizado em todo o mundo.


Um formato “quase sem perdas”

O MP3 não é um formato sem perdas, mas fica bem próximo disso — principalmente quando nos referimos referindo às compressões com maior taxa de bits, o que pode chegar aos 320 Kbps nos CDs comuns. O que acontece é que são retirados os sons das extremidades inaudíveis presentes no espectro de cada música — ou seja, o que fica abaixo dos 20 Hz e acima dos 20.000 Hz.
Também existe a compressão para fazer com que alguns sons mascarados na sobreposição sejam excluídos. E essa redução no espectro é capaz de fazer com que os arquivos fiquem menores, teoricamente só se perde os sons que não seriam ouvidos pela nossa capacidade auditiva... Mas como será que esses sons são?
Para responder a essa questão, um pesquisador chamado Ryan Maguire criou um projeto chamado “O Fantasma no Mp3”. Para ilustrar tudo o que estudou, ele criou algumas linhas de áudio com todos os sons que não são ouvidos na música “Tom’s Diner”, de Suzanne Vega — que também foi a canção escolhida para as padronizações da compressão MP3 durante a década de 1990.



No vídeo é possível ouvir uma compilação dos sons que ficam perdidos nas compressões. No site de Ryan Maguire estão alguns trechos, analisados passo a passo como os que postamos logo abaixo.


É preciso dizer que, em alguns casos, tudo o que podemos perceber dessas extrações são alguns ruídos.
Podemos perguntar:
Estas compressões de arquivos influenciam diretamente na qualidade das músicas que escutamos?
Será que alguma canção favorita possui muitas nuances que nunca escutamos? É bem provável que sim…

Beatriz

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